Adaptações e versões de equipamento

Através das adaptações é possível que a unidade de comando do motor possa ”aprender” determinados valores de componentes, podendo assim compensar-se determinadas tolerância dos componentes.
Na primeira colocação em funcionamento, a gestão electrónica do motor também ”aprende” as diferentes versões de equipamento que se encontram instaladas.

Com a função de serviço ”Repor valores de adaptação”, estes valores de adaptação e as versões de equipamento podem ser repostos no estado inicial, devendo depois ser ”aprendidos de novo”. Para a ”aprendizagem” dos valores de adaptação da mistura, é necessário, por exemplo, um funcionamento mais prolongado entre o ralenti e a carga parcial.

• Apagar adaptações depois de efectuada a reparação:
  Em geral, depois de efectuada uma reparação (substituição de peças), as adaptações não deveriam ser apagadas. Ao substituir a borboleta, devem apagar-se as adaptações da MDK, de modo a evitar um registo na memória de falhas.
  
• Apagar as versões de equipamento e as adaptações após uma conversão ou em caso de reequipamentos da viatura:
  após uma conversão da viatura, p. ex. de caixa de velocidades manual para automática, ou de um reequipamento da viatura, p. ex. instalação retrofit de um módulo do reboque ou de um volante multifunções, é necessário que as versões de equipamento e adaptações sejam apagadas e ”aprendidas” de novo.
  

Exemplos de diversas adaptações

Adaptação da mistura

A mistura formada na zona de admissão do ar necessita de algum tempo até os gases de escape atingirem a sonda lambda. Este tempo diminui com o aumento da carga e do número de rotações. Por este motivo, também o tempo de reacção da regulação lambda depende da carga e do número de rotações. Irregularidades da mistura detectadas pela sonda lambda ocasionam também a memorização de valores de adaptação (valores de correcção ”aprendidos”). A injecção pode, através das adaptações, ser antecipadamente já aproximada ao valor nominal. Deste modo, obtém-se uma redução do tempo de reacção.

Se, por exemplo, os valores básicos de injecção do campo característico da unidade de comando para o motor forem demasiado baixos em ralenti, a regulação lambda teria de aumentar constantemente o período de injecção para manter a mistura de combustível/ar ideal. Neste caso é ”aprendido” um valor de adaptação, que corrige desde já o valor básico de injecção. A regulação lambda só adopta depois somente o ajuste de precisão.

Adaptação da mistura em ralenti (aditiva)

Quando é reconhecido um regime de ralenti, na fase de repouso da ventilação do depósito de combustível, com base na posição da borboleta, efectua-se em determinados períodos uma adaptação da mistura de ralenti. Visto que a adaptação da mistura de ralenti e de carga parcial se influenciam mutuamente, deve alternar-se várias vezes entre ralenti e carga parcial para se efectuar uma adaptação completa.

Adaptação da mistura de carga parcial (multiplicativa)

Também no regime de carga parcial é efectuada em determinados períodos uma adaptação da mistura. O valor de adaptação determinado é tomado em consideração em todos os regimes de carga parcial.

Adaptação da ventilação do depósito de combustível

Se a válvula de ventilação do depósito de combustível está aberta, o filtro de carvão activo alimenta adicionalmente o motor com uma mistura inflamável. Este desequilíbrio da mistura detectado pela sonda lambda é completamente compensado através do valor de adaptação da ventilação do depósito de combustível.

Adaptação da quantidade de ar de ralenti

A adaptação da quantidade de ar de ralenti é assumida pela válvula do ralenti. Através da quantidade de ar, a válvula de ralenti providencia um regime de ralenti constante.

Adaptação da roda dentada do sensor

As falhas de ignição causam irregularidades na velocidade de rotação da cambota. Estas podem ser reconhecidas através da alteração do período do dente (segmento).

Através do sensor da cambota são permanentemente determinados tempos de segmento (tempo no qual um determinado número de dentes da roda dentada passa pelo sensor). Estes períodos dos dentes (segmentos) são constantemente comprovados durante o funcionamento do motor. Em caso de defeito, é registado um defeito na memória de falhas e a injecção do respectivo cilindro é desligada. Consultar também Reconhecimento de falhas de ignição.

Para impedir avaliações de defeito, após uma substituição da unidade de comando DME ou do sensor da cambota, é necessário efectuar uma adaptação da roda dentada do sensor.
Se a roda de incremento for substituída, a adaptação da roda dentada do sensor deve ser apagada, tanto antes, como depois da substituição.

A adaptação da roda dentada do sensor determina a irregularidade da roda dentada e toma-a em consideração na avaliação dos períodos dos dentes (segmentos). A adaptação da roda dentada do sensor é efectuada automaticamente logo que o motor trabalhe no mínimo 10 segundos sob efeito de travão do motor.